eram dois na noite, ângulos sós nas dobradiças da mente
eram dois a segredar coisas do mundo, com o modo displicente das pessoas perdidas nas multidões
coisas sem importância davam contorno ao tempo, precisavam o diâmetro da voz
apenas porque queriam contar um ao outro as sombras e as luzes projetadas no coração
para manter o contacto não importa o que se diz, importa o que se faz para estar perto, muito perto do amor
eram dois na noite, nevados perfis de luz e nunca a noite fechou sem que se unissem as mãos no silêncio que se produz
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio