29.12.20

Quimeras

Estou nesta tremenda lua cheia a contar as luas antigas. 

Quimeras minhas tudo isto. Meras ilusões que dão lastro ao balão 🎈. 

Tudo entre nós tem sido hélio e esse impulso elementar fez-nos voar por dentro de um aterro de luz até o balão cair.

Quem o apanha? Onde vamos elevar tudo, se eu deixei de crer? Não de querer. Não de te querer. Não creio nestas ilusões da matéria essencial do amor. Existe. Não existe. Existe mas não pode existir. Existiu mas ainda existe.

Estou rodeada de quimeras, resmas de luz arregaçada com dor, ramos de palavras alvejadas a ponto de sangrar.

Tenho de me esvaziar de tudo para ser de novo lua vazia e depois lua a encher. Balão que sabe subir e por vezes descer.

Começar qualquer coisa. Uma manta de crochet, um pôr-do-sol, um arco-íris, um enxerto de rosas. Parar. Para compreender onde vamos depois.

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