Na noite numérica conta só o avanço do segundo, do minuto, da hora. Escuridão apagada e aquele ponteiro iluminado cerra a noite em mil bocados impossíveis de reunir no sono solto. Ouvimos cantar as horas como avé marias arrancadas às entranhas da madrugada. E o tic-tac ocupa vagarosamente o vazio. É uma insónia mecânica. Podia ser analógica, digital ou quântica, para o caso pouco importa. Mas se tiver ponteiros é mais aguda.
É por isso que a solidão se conta pelos ponteiros.
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