A realidade começa onde acaba a estrada. Não há criaturas senão as rastejantes, as voadoras e os bichos da terra. Um cenário autêntico onde me olho com a clara perceção de que eu sou ali mais estranhamente eu, mais claramente eu. Evasão. Divórcio do mundo. Só a natureza é real. Não encontro no mundo mais nada. Preciso de limpar por dentro a dor do mundo. Lentamente, tudo cura. Quando eu voltar a ser do mundo, levo comigo todos os seres que me reconciliam com a vida, todos os odores e reflexos que me mostram o infinito amor da criação, o infinito amor da solidão.
Estar só é uma forma de purificação do amor.
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