A chuva a apagar devagarinho os laivos de amor no terraço
A memória da casa a escoar o teu riso pelo algeroz
O fluxo de água a apagar os corpos, queimados membros de pele numerosa
Sempre o silêncio pingado em cima do telhado, a espalhar nostalgia do tempo em que a chuva nos abria o coração por dentro
Sou água lavada do tempo, memória alarmada da ausência que nos lavra o ventre
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