Talha dourada, o teu rosto, meu amor,
Telha lavrada, refúgio do meu olhar, o teu perfil adorado
O trabalho do tempo nos teus cabelos alvos remates da alma em ondas arrojadas
A denúncia da virtude na tua voz e eu presa por um fio dessas cãs serenamente alinhadas
O fio da paixão enrolado no murmúrio que me enche a madrugada e prolonga, amor, a vontade da palavra
As tuas mãos, meu amor, finas asas que me voam e a cintura que nos une e prende
Ao teu corpo sonhado, sombra morena sob os meus dedos, pele cerzida com estas mãos, com as quais te amo, te descoso, te alinhavo, te prendo
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio