Os teus dedos esguios e delicados, as alvas mãos do teu desejo, despojadas são de pudor
E despem-me, rasgam-me o delicado ardor do meu peito
As madrugadas são de trevas e segredos, nas despojadas mãos do nosso beijo. Nelas vive o nada e o tempo, esse velho realejo, dono do mundo
Amar-te assim de pele inteira, é longe, é perto, é estar onde estiveres, é abreviar o tempo das cidades e expandir o tempo das sereias
Estou numa tela acrílica e não parti, como receias, mas só o Sol atravessa as coisas com a mesma febre com que chega
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