3.6.21

Os teus dedos esguios e delicados, as alvas mãos do teu desejo, despojadas são de pudor 

E despem-me, rasgam-me o delicado ardor do meu peito

As madrugadas são de trevas e segredos, nas despojadas mãos do nosso beijo. Nelas vive o nada e o tempo, esse velho realejo, dono do mundo

Amar-te assim de pele inteira, é longe, é perto, é estar onde estiveres, é  abreviar o tempo das cidades e expandir o tempo das sereias

Estou numa tela acrílica e não parti, como receias, mas só o Sol atravessa as coisas com a mesma febre com que chega

 

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