Sentava-se no imperfeito de um indicativo demorado a ver o que a demora lhe traria.
Poema ou mulher, guitarra ou prazer, solidão, lua vendaval, a noite a nascer.
Sentava-se na rocha maior, na mais alta dor, como um lobo que nunca viu o mar.
Passava a porta fechada do doce amanhecer com a mesma palavra retilínea que não ousara dizer.
Passa o presente, vem a curva de um futuro mais que imperfeito, mas que importa isso, se continua a abrigar-se na sombra lisa do meu peito?
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