Tenho a cama fresca e vasta, fria como um campo de neve, macia como ela só e afundo-me em sonhos diversos
Bebo devagar e penso que atingi o lugar cimeiro da palavra, sim, sei o que sei e já não serei sabedora de mais
Espero todas as noites pelos ventos uivantes, para me acolher nos teus olhos, que já vi
Sem o vendaval que me dizes, o chá amorna, o peito esmaga a emoção e eu durmo em socalcos, presa a uns braços que (ainda) não conheci
Não há mais palavras naturais, amor, só as formas sintéticas dos verbos acrílicos que invento para ti: é preciso ventarmos para derramar a solidão
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