25.8.22

Prolongamento

Prolongo-me na tarde, alargo-me, expando o corpo em redor do tempo e não passa, não anda nada no presente. De que serve esta jangada que está presa, quando o mar me chama e chama o amor a chama.

O tempo é esta imensa orla de espuma, este longo e lento lume apagado.  Eu hei de vir de lá, da força do vento. Por aí. Hei de fazer seja o que for. Para continuar a ser sempre, mais e mais o prolongamento do meu corpo até ti.


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