Encosta a cabeça ao sonho e vai, como se essa cambraia fina fosse a vela que te faz de novo loura e menina
Rendas são lívidas horas que me prendem nos teus braços
Não leves para os teus sonos as ervas que deixaste rasas e pisadas
Meu amor, as tuas parábolas denunciam o teu lugar no meu futuro passado
Sim, mas podes sonhar com um lugar na madrugada. Penso em ti, na orla das tuas armas
E eu sinto-me inteira, cerzida, reunida com a lisura do sono, resgatada no último momento
Dorme apenas. A sirene toca lá fora. Acabaram de resgatar uma alma verdadeiramente desgraçada
O que eu não sou. Enquanto existir serei forte como nestas noites de palavras
Não sabes. E se nada nos salva?
Só o amor nos pode (re)ssalvar da morte. E eu serei fina e alva, minha língua nítida na tua pele se fará ave
Assim seja, amor da minha alma. Agora vai que é noite e tarde
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