11.12.22

Compulsividade

Reaprendo o sabor do tempo organizado, sem um grão de pó a mover-se na luz, sem palavras cravadas de dura ausência. Parece que o tempo sou eu e o espaço se completa em mim.

É assim que me faço sincopada e feliz, compulsiva na ordem inalterável das coisas.

Nasci na folha de uma oliveira, na sua curvatura de caravela, sem arestas como algumas plantas têm

Mas reencontro o meu ser, assim, entardecido num lume acetinado, balaceado ao vento

É assim que me faço sincopada e feliz, dentro da posição relativa da matéria.
Não mudo nada. O vento exercerá o seu noturno acerto.

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