24.12.22

Gozo

Um olhar pode ser um poço de gozo. É tão fundo que a pedra cai lá longe e não se ouve.

E os lábios movem ondas de um vento fogoso. Ou como se fosse.

O segredo segreda perto, o que guarda longe. É certo que não se ouve.

De um litoral aceso, chamas evaporam, fervem o desejo e só esse enche a noite com seu desassossego intenso.

Certos olhares são encontros que acontecem como um beijo.


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