Não sei se sou vidente, presciente, profetisa ou bruxa ou se tenho apenas o favor dos deuses. Mas a verdade é que sou aquela que sem ver sente, aquela que sem ler entende e invidente conflui para as longas marcas do teu ser
Não te disse, mas sei. Não importa o que sei, porque o mais importante é saber
As longas marcas no teu rosto. Rugas que são leito de lágrimas, sombras onde a solidão se esconde, sebes altas que rodeiam a tua fuga, essa fuga de que já não sabes fugir
E eu tenho o pudor das lentes aumentadas, dos binóculos que roçam as coisas não reveladas. Não quero saber
Quero fechar os olhos mas eles seguem o destino dos amantes, procuram luz no seu caminho e este nunca foi bom
Porque seria o nosso diferente?
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