20.6.24

Auto-retrato

não há flores a florir no meu corpo, nem ouro falso

meus dedos foram pianos mudos, meus seios serenos mudam 

e os braços remos que rasam a terra, escavando, podando o mundo

trago amor no regaço, aceso e puro como um regato

em tudo o mais tenha a idade das estrelas e a precisão dos astros

mas o amor... não o acho

Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixa aqui um lírio

Recentemente...

Temos pena

A existência quem disse que se dissolva todos os dias na mesma velha taça dos mesmos dias? Um qualquer existencialista privado do sonho, uma...

Mensagens populares neste blogue