Os meus dedos seda e linha cosem os teus olhos com doçura. Baixas, as pálpebras sentem os fechados sons na noite
Trazem um indeterminado risco de luz muito silente
Em que certas palavras e gestos são uma cisão (quase) demente, no cenário de noites idas, as que nos trespassa(v)m os seios os membros, os ombros e os sentidos
E eu coso com os meus dedos o mundo possível, os medos, a fome, a alma bruta dos esquecidos
Mas coso o nosso mundo como se arma a casa de um botão, que entra e sai no peito destemido
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