Estou comigo e é comigo que estou. Falo-me e não digo nada. Canso-me de mim todos os dias. Exausto-me à noite.
Esta ciência da solidão pesa mais do que parece. Mede-se numa proveta de silêncios. Podemos até ficar admirados por existirmos.
Se me ouves, talvez me entendas. Se me entendes, bem podias rasgar a noite imensa subindo ao cume da voz, ao cicio do segredo.
Confirma. Eu existo porque tu existes? Eu existo mesmo que não existas?
Preciso de ti, percebes? Como a árvore espera o vento para poder alisar os ramos.
Estendendo a outra árvore os seus beijos.
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