Os ventos viajam por dentro de nós, são o ruído do universo nas pálidas vidraças que somos
Longe, as vagas altas fortalezas caem vorazes nos penedos com assassinos ímpetos
Resta-nos a harmonia, no reverso do tempo. Ouvimos a chuva e sabemos cadenciar os ossos, resumir o medo
Lentamente, os ábregos cedem e são só rios de silêncio o que ouvimos
As tempestades servem-nos a paz numa rajada de silêncio
Sempre foi assim no coração dos homens, essa sabedoria, esse abrigo, uma volta completa no rumo dos sonhos, um lugar onde já não somos o que fomos
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