30.7.25

Incêndio

Mais que o incêndio nos matos, nos pinhais ou nas fráguas, arde o amor

Que é pior que brasas, que o lume do sol, uma queimadura amarga

E nós, almas profundas, somos as achas

Se ousamos querer, o sangue arde, molham-se as pálpebras

E se querer só não basta, desejamos, esperamos, desesperamos

O que faremos, amor meu, com as cinzas que sobraram?

Um dia ainda havemos de apagar um lume destes com os corpos e com as almas

Ninguém poderá dizer que passamos pela vida e não amámos

Mas eu nunca fui poeta, apenas armei fogueiras com palavras

E lancei achas

Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixa aqui um lírio

Recentemente...

Não consigo viver mais dias. Já são tantos e tão inúteis. Preparo lentamente a minha fuga, a maior de sempre. Será rápida e ninguém dará por...

Mensagens populares neste blogue