"O Vinhedo Vermelho em Arles" (van Gogh, 1888)
as águas abraçam o seu leito
ei-las que regressam de novo dentro
as tuas águas divergem, mil riachos
mil valsas, mil tempos
olhos que vigiam entre o arvoredo
mistério, música, cofre, tesouro,
segredo
queres tudo em ribeiros ardentes
as minhas ocupam o teu leito totalmente
avançam, destroçam, embebem
o areal seco, sentam-se na margem,
falam, cantam, contam versos
unificam o círculo do mundo
quero tudo na mesma corrente
e pouco a pouco
vamos levando a água
o nosso moinho a espera,
tudo o que no mundo cada ser aspira
é que lhe corram as águas de feição
pelo vale e
pela serra...
.
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