puríssimas águas
chuva de silêncio
que nada perturbe
o céu assim sombrio
e aceso...
que nada mude
a placidez das rosas
o rubro reluzir
das ternas brasas
tépidas ainda
como se pele
profunda já
sem ferida
que nada corra
com teimosia
darás o teu corpo
na palavra
e a palavra para
a vida
mas eu,
arroio da noite
lamentoso e lento
regresso sempre
ao teu curso
levada pelo vento
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