30.9.08

.

puríssimas águas
chuva de silêncio
que nada perturbe
o céu assim sombrio
e aceso...

que nada mude
a placidez das rosas
o rubro reluzir
das ternas brasas
tépidas ainda
como se pele
profunda já
sem ferida

que nada corra
com teimosia
darás o teu corpo
na palavra
e a palavra para
a vida

mas eu,
arroio da noite
lamentoso e lento
regresso sempre
ao teu curso
levada pelo vento




Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixa aqui um lírio

Recentemente...

Resistência

Uma cela fechada onde cresço com o que me restou Um terrasso sobre o mundo onde pinto as dores da alegria Palavras assombradas, a sair de un...

Mensagens populares neste blogue