opalas meus olhos
de órbitas longas
em redor dos astros
partiram do cais
parados, parados
maré caminhante
meus olhos queimados
mar de amor
moroso por entre
os sargaços
lianas represas
entre os membros baços
perdura o teu corpo
no meu nesses laços
partimos do cais
no primeiro abraço
fundeada nau
navega a teu lado
nas águas sem fundo
meu corpo se abre
e teus olhos safiras
saudosas amadas
teus olhos são aves
com asas quebradas...
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