26.10.08

paleta das manhãs








louvores ao meu poeta das manhãs,
meu sol que tão distante
ainda assim doce me tange

planta que me cresce
profusamente basta de ramos
e de abraços e de frutos agrestes

meu amor distante
que tão perto me despe
tão fundo me mexe
tão dentro me segue

nas suas cores o mundo rejuvenesce
a vida vigora mais bela e leve
e os sentidos reconhecem
o sonho por onde seguem

meu amor, louvores se elevem
ao lento madrugar da nossa idade
ao secreto labor da nossa frase
no corpo que nos extravasa
até tão tarde...


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