corre um vento lesto e frio,
vítreo como um estilhaço
volumoso como onda de ar
um daqueles ventos que nos levam
e nos fariam voar se houvesse asas
gosto de ouvi-lo rumorejar
tanto que diz, quando está assim
fala de abrigos que esquecemos
de colos que já não temos
de dias antigos de rudes canseiras
de velhos e feixes de lenha
de cinzas a adejar na pedra da lereira
fala de amparo e de desamparo
cada ouvido lê o vento como quer
e eu gosto deste vento arrebatado
faz-me sentir viva e mulher
mas faz-me pensar no amor que nos quer deixar
e é como se um sopro fabuloso
viesse lembrar que a paisagem mais agreste
não é a que varre ruas e florestas
e faz abanar as persianas
mas sim a agrura que vive lentamente
quem acha que já não ama...
...
vítreo como um estilhaço
volumoso como onda de ar
um daqueles ventos que nos levam
e nos fariam voar se houvesse asas
gosto de ouvi-lo rumorejar
tanto que diz, quando está assim
fala de abrigos que esquecemos
de colos que já não temos
de dias antigos de rudes canseiras
de velhos e feixes de lenha
de cinzas a adejar na pedra da lereira
fala de amparo e de desamparo
cada ouvido lê o vento como quer
e eu gosto deste vento arrebatado
faz-me sentir viva e mulher
mas faz-me pensar no amor que nos quer deixar
e é como se um sopro fabuloso
viesse lembrar que a paisagem mais agreste
não é a que varre ruas e florestas
e faz abanar as persianas
mas sim a agrura que vive lentamente
quem acha que já não ama...
...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio