7.2.09

gostava que fosses tu. se... não sei, mas acho que já não tenho tempo para mais nada, nem para me ir derreter sob o sol da serra com o riso dos miúdos. fico no meu quarto a trabalhar, dividida entre o cumprimento dos prazos de entrega dos trabalhos para a Faculdade, e as aulas numa linha de montagem e a premir teclas e a fazer links e a debitar ideias e bibliografia e consulta e desenho experimental do plano de trabalho e cosntructivismo e consciência linguística e... a vida? e gosto de saber-te senhor das tuas razões, talvez irónico, mas senhor do teu tempo, das tuas opções e da tua circunstância. leio o teu convite, talvez me intimes a esquecer-te, a buscar algures o conforto que me dás. mas não vou. a minha vida é mais simples que a de um caracol. nada na cidade me ferve nas veias. a única coisa que me faria feliz seria descer à serra e depois ao mar. mas nem isso agora posso fazer. nada se consegue sem esforço, sem disciplina e eu sei o que quero e vou até ao fim. entretanto, fico aqui de fora a ler-te incógnita, como se não me fosse vedada a cancela da tua casa. às vezes volatizo-me e consigo bater as asas na direcção que esperas. outras fico afundada no chão com o peso do sonho, maior que o do mundo. esta noite só queria um sorriso, nada mais. já espero tão pouco da vida, eu... um simples olhar, uma palavra que deixes escapar, um traço teu, o traçado da tua voz no silêncio errante destes tão diversos mundos. mas a tua paz, amor, a tua serenidade é o que me inclina... para esta vontade de me fundir no teu olhar, ao fundo do horizonte...



Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixa aqui um lírio

Recentemente...

Não consigo viver mais dias. Já são tantos e tão inúteis. Preparo lentamente a minha fuga, a maior de sempre. Será rápida e ninguém dará por...

Mensagens populares neste blogue