no quarto da noite uma porta estremunhada, eu que abro mais uma brecha na ausência, rompendo a meta de silêncio, este limite parado quase pedra presa à fala. meu amor, estas noites às vezes são enganosas, parecem ter um luar novo, ou uma aragem renovada, mas são iguais a tantas outras já vividas. o que as torna diferentes é apenas o sentir, que nos debrua a voz de forma mais delicada, com se açucenas nos vivessem nas palavras, e toda a nossa inclinação nos intimasse para um lugar chamado corpo na alma.
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