quando retenho as ancas
e as arcadas do prazer
é quando calças nas noites
o meu ser
e como cabe
em nós esse deleite
feito de linho e levemente
fluxo calado
a arfar no peito
colcha rugosa
de brocado rosa quente
prega tão funda
dos pés ao
vale do ventre
tua demora
lânguida e lenta
teu gesto cinzela
mais acima
em mármore
ardente
e não há neste leito
outro deleite
que não seja o silêncio astuto
a vértebra que verga
enfim a tensão crescente
entre as arcadas
e os anéis da cintura
o brando ventre...
.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio