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bordejando a manhã pela margem mais sensível
são os teus olhos que encontro, por entre as silvas

são nervuras e nós como raizes
numerosas aves em voo livre

coisas invisíveis que as palavras não dizem
mas os sentidos medem pela orla dos sorrisos

é o teu corpo nubente
que encima a palavra precavida
murmúrio em haste, cálida sílaba
não te sei dizer como te tornaste
na metáfora única da vida...