meu amor, diz-me, explica-me, por que tem de de ser assim, por que ficamos de presianas descerradas sobre o que ainda tanto nos queremos... ? para que nos controlamos na expressão maior do que sentimos? diz-me em que rochedos esbarram os teus passos, que cor vestem os teus olhos quando me pensas e por que não há-de ser o claro luar das flores, a iluminar-te os dias em que caminhas, como eu, só numa estrada qualquer, que tanto faz ter sido, como não ser, aquela que queremos percorrer. por que nos renuncias, querendo, como eu, a doçura das mãos, a carícia delicada que só o amor produz, a termura do corpo e o vulto do sangue no coração? mesmo sem (te) falar, continuo atenta a ti, ansiosa de ti e suspensa em ti. abraça-me assim de mansinho, com a palavra entre lábios, pronta para sair. beija-me assim com uma flor e um anagrama que eu, meu amor, minha doçura infinita, ainda não esqueci nem o primeiro dia, nem nenhum dos outros (tantos) que se seguiram. Em todos foste sempre tu, meu amor distante, meu fascínio, meu poeta, meu rumo de um caminho perdido, que provavelmente não será nunca encontrado... obrigada. se sou mulher, é porque por ti, vale a pena continuar a sê-lo sem me desistir!
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