16.1.11


Pintura de Vieira da Silva


subo lentamente os patamares das palavras até ao cimo; lá encontrarei as sílabas em estado puro, prontas a formar as palavras que não digo, as que já perdi, as que vou esquecendo. são demorados patamares. levamos tempo a vivê-los e a deixá-los. demoramos os velhos padrões de solidão cravados nos degraus e tememos a nova subida com os velhos olhos, as velhas emoções. mas vamos e descobrimos que o novo patamar nos enquadra na moldura como sempre. sem mais. como o eco singular dos passos na madeira.


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