12.2.11

foi como passar a mão pelos olhos e rasgar cortinas densas como os véus do templo onde Jesus se entregou. passei e olhei a direcção daquela nuvem e podia ser que sim, que seguisse ao teu encontro e talvez se eu a tomasse como ao comboio das cinco te achasse enfim alçado no canto inferior esquerdo do céu, como o meu poeta perdido entre as portas opacas dos infindáveis semestres lunares. e deambulei sobre o incenso, sem deixar marcas, sem um harpejo de voz, ou um sussurro miúdo. sem respirar li-te nas folhas do chá que tenho bebido só e então parece que de repente, nós dois nos entranhámos no bule, emudecidos de chá e ternura, uma mesma voz.

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