quis apagar as luzes invisíveis e os passos neutros,
a pálida centelha de luar quis extingui-la
resoluta eliminei dos meus dias as tuas avenidas
e todas as tormentas abracei-as com a face
como uma fuga de sangue fui rio abaixo
ficou tão grande o peso, tão funda a árida caminhada
que sonhei encontrar uma pousada
um oásis numa nuvem, a fuga da palavra
e foi então que fiquei fresca e florida
reencantada
a opacidade do rosto e a fronte carregada
dores minhas que me seguem a sombra alçadas
ficaram frescas e mesquinhas
ante a clara e resoluta madrugada
se me prenderes, prende-me mais dentro
não posso ir para um lugar tão fundo
e não te encontrar por perto
bom dia (sorri) eu sigo a tua marinha alba
e beijo-te a face, emocionada
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Recentemente...
Drawing a portrait
I've been drawing a portrait It should be your portrait But everybody seems to see Someone else Maybe you are not you Or my portrait is...
Mensagens populares neste blogue
-
Ele costuma escrever-lhe cartas riscadas como vinil, cartas sem nome, curtas e voláteis, mas ela lia claramente o som da voz, a saudade da...
-
Entre montanhas planeio voos e plano sobretudo o lugar da ilha A vida existe mesmo que a não queira. Mesmo que a chame e a submeta aos pés d...
-
A idade é um percalço programado. Nas pedras é musgo e pó. No corpo é uma delicadeza de cetim amarrotado. Nesse pano acetinado a idade não s...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio