12.2.11

quis apagar as luzes invisíveis e os passos neutros,
a pálida centelha de luar quis extingui-la
resoluta eliminei dos meus dias as tuas avenidas

e todas as tormentas abracei-as com a face
como uma fuga de sangue fui rio abaixo

ficou tão grande o peso, tão funda a árida caminhada
que sonhei encontrar uma pousada
um oásis numa nuvem, a fuga da palavra
e foi então que fiquei fresca e florida

reencantada

a opacidade do rosto e a fronte carregada
dores minhas que me seguem a sombra alçadas
ficaram frescas e mesquinhas
ante a clara e resoluta madrugada

se me prenderes, prende-me mais dentro
não posso ir para um lugar tão fundo
e não te encontrar por perto

bom dia (sorri) eu sigo a tua marinha alba
e beijo-te a face, emocionada

Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixa aqui um lírio

Recentemente...

Lua amada

Eis a madrugada, esplendorosa e bela Eis a noite dos sonhos que nos caminham dentro Eis, enfim, o corpo amado, suave como sabão neutro, o to...

Mensagens populares neste blogue