Escuta, coração. Escuta o silêncio do dia que finda. É o melhor lenitivo que encontras. Nem um carro a passar, nenhuma moto, nem pássaros, grilos ou cigarras. Na minha torre só ouço o bater do coração quando te falo.
Escuta, coração, a divina música dos astros. A noite é suspensão. Apenas brilho e negritude num um céu salpicado com chispas de carvão.
Escuta a respiração dos gatos. Faz parte do silêncio.
Afina com o meu o teu sangue. Eu pulso para ti a raridade do momento.
Estou tão calma como um lago, como um pego, uma cratera latente. Comigo a noite 🌃 faz-se no oriente, no deserto mais escuro e mais silente.
Vem ao meu abraço, coração. Amanhã acordarás nesta teia que tece o silêncio e o dia, oxigenado e belo, será um dia contente onde serás poeta num corcel branco com uma espada, uma pena e um manto pendente.
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