ouço a tua voz deitada no dia, uma curva, travagem, a tua voz segue por dentro, chego, saio do trabalho, volto a casa, a tua voz na curva, travagem, sonho, paragem
no supermercado uma mulher deitada no chão pede esmola, sorrio-lhe, ela devolve o sorriso, dou-lhe não uma esmola, mas o que tinha comigo, o meu sorriso e atenção. ouço-a e sigo, afinal o dinheiro aumentou o sorriso, não faz mal, ai de quem precisa, de novo a travagem, curva, a tua voz, a tua voz no horizonte, o dia longo e o sorriso dá para sorrir ao mundo inteiro, esboço o riso porque a tua voz me faz bem, é a carícia do sol na memória, o sorriso é o reflexo tonto de saber que dentro de mim levo alguém e é só de ti, de ti, meu amor, que eu preciso
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