28.3.21

Sorver o veneno

Meu amor, minha vaga plena, meu amor poema, meu rasgo de ave

Meu amor, dormes no meu peito, silencias, doce, a laje da tarde

Meu amor, o ciclo reabre, é tão cedo, é tão tarde, a noite acende a única verdade

Meu amor, eu rimo o tempo, rimo o momento, rimo o silêncio com a saudade

Não temos espaço, só os olhos têm

Não se soltam as asas de todos os medos

No tempo das flores os corpos são estames, estão presos distantes, etéreos informes e neles vivemos

Meu amor, eu venho aos teus lábios, eu venho, eu venho, beber desse néctar, sorver o veneno




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