O acaso ronda o túmulo dos vivos. É sempre por acaso que encaixamos as peças do destino. Por acaso, conheci-te. Por acaso não te conheço. Por acaso, não consegui evitar qualquer um desses acasos, conhecer-te, sobretudo, mas também não evitei o acaso de bebermos a mesma água do dia, o mesmo vinho da noite. Deixei-me ir e não foi por acaso.
Agora, já sei que não há acasos impossíveis de evitar. Por exemplo, para escapar ao acaso de te perder um dia, deixo sempre uma peça escondida e finjo que não sei acabar o puzzle.
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