9.9.21
Pirilampos
Raramente os vemos, mas estão lá. Na sombra, esperam pela escuridão. A poesia também nos sai solitariamente, pelas veias, até rasgar o escuro. Mas não há luz nas palavras que acendo. Gostaria de mover prodígios e insólitos momentos, como essa luz pequena da noite dos pirilampos. Nunca os vi. Mas sei que existem. É como o amor que não vemos. Apenas é claramente evidente que algo dentro de nós persiste.
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