Ao contornar a noite, a noite contorna-me, a escuridão torna-me infimamente insignificante, o sonho retorna e torna-se o próprio abismo da existência. Então eu formo formas de medusa ou feiticeira, açafata ou curandeira e desapareço num tenebroso sonho de fragas com caçadores e damas-pé-de-cabra, numa vasta floresta ataviada de palavras. Em todos os lugares formo a tua ausência. Não sei como consegues povoar-me de tanta alteridade. E eu ainda não aprendi a contornar o mundo ao teu lado.
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