Não sei como vou encher o amanhã, o dia depois e o seguinte. Sou maquinal e precisa no trabalho que habito por assim ser o mundo
Sou tão útil de manhã à noite, que me ponho a pensar na mó que mói o trigo na minha memória
E essa sim era útil para o pão nosso que faltava e eu sou só útil para encher papéis com percentagens, evidências, estatísticas, é como descer à terra os mortos e contar os vivos
Tanto tempo a preencher e nada a meio. Como é que eu vou matar o tempo? Pensarão as árvores nisso, elas que não morrem levianamente e vivem positivamente longas?
Viver, senhores, já cansa!
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio