De manhã, a cintura de névoa vem, sente-a tua e leva-a
Segue, se puderes, o voo das folhas, velhas palavras minhas em queda, na libação das trevas
A vida, não há nada igual a esta brevíssima linha, que oscila, parte, falha e finda
É vil esta visão deserta, amor, para quem nada espera, nada importa
Coroada de palavras, entre os tálamos estarei
as tuas mãos roseiras bravas crescerão dentro de mim
Como folhas de paixão, de quem se soube sintonizar e rimar amor e solidão na mesma glosa
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