4.12.22

Glosa

Prende, amor, segura o tempo nas tuas bravas mãos

De manhã, a cintura de névoa vem, sente-a tua e leva-a

Segue, se puderes, o voo das folhas, velhas palavras minhas em queda, na libação das trevas

A vida, não há nada igual a esta brevíssima linha, que oscila, parte, falha e finda

É vil esta visão deserta, amor, para quem nada espera, nada importa

Coroada de palavras, entre os tálamos estarei
as tuas mãos roseiras bravas crescerão dentro de mim

Como folhas de paixão, de quem se soube sintonizar e rimar amor e solidão na mesma glosa

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