Somos como a chuva. Chegamos e partimos. Às vezes, ficamos numa agonia de permanência.
Outras, tocamos a ponta das nuvens, afastamos a névoa do olhar e conseguimos esclarecer o horizonte.
Escrevemo-nos, mas não se cruza o olhar, não se rasga o firmamento, nem a carta por chegar.
Rasga-se tudo na indiferença do tempo, mesmo que nos não tome o obscuro ranso da chuva, mesmo que às vezes o tempo nos afague como regalo de burguesa.
Vem o frio e vem a neve, torna a geada e o vento sibilante. Toda a cidade é um mundo expectante, toda a natureza sucumbe. E nós, não?
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