fogueiras
teus olhos refulgem
fogueiras
desse mel dos rios
que nos adoça
lentamente o sorriso
quando rimos
dentro
tudo em nós se adentra
quando,
búzios rumorejantes,
nos ouvimos
complacentes
tão lentos...
mercurianos e impulsivos
pulsamos lestos
juntos e sozinhos
quando te penso
todas as coisas ganham brilho
um halo imaterial e divino
tu, talvez pintor
do meu mundo
ocasionalmente
a tela da ternura
tão dentro
as promessas
que os olhos aninham
a noite
âncora de um mar de lume
leme lânguido
que solto nos noiva e une...
o poema trémulo invade a pele
o corpo a prumo
e a palavra é este
suave rumo da vontade
grito e murmúrio
de um amor que não parte
como as rosas em Junho...
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