Escrevo e descrevo o silêncio sem saber fixá-lo numa tela, num padrão de flores, na copa de uma árvore, no copo vazio da solidão, ou onde seja. Sei o silêncio e sei a sua fuga, uma combinação de formas agudas no pensamento, o horizonte intenso que não muda. Depois liberto o silêncio para fora de mim e plagio a sua essência num luminoso piano, numa faca sobre a pele e vejo que o silêncio é o instante entre a vida e a morte, o salto mais elevado para o amor, sim, chamar-te, meu amor, e tropeçar nos teus olhos quentes isso é o silêncio.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Recentemente...
Ângulos
Escuta Esta noite é mais aguda. Alguns cães ainda ladram à passagem da nossa sombra. Eu estou sentada no eixo duma escuridão sem nome. Tu re...
Mensagens populares neste blogue
-
Ele costuma escrever-lhe cartas riscadas como vinil, cartas sem nome, curtas e voláteis, mas ela lia claramente o som da voz, a saudade da...
-
Há quantas luas levamos o tempo às costas, nas mãos alagadas de suor? E há quantas luas lemos os seus sinais, as nuvens que a encobrem, rasa...
-
Atravessar contigo o rio, comove tanto, o passo tonto. Atravessar contigo o rio, uma pedra, outra pedra, saltas tu, salto eu, aqui dá fundo,...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui um lírio