E, por fim, voltamos ao início, a água, o charco original da vida, a caverna obscura, a luz perdida
E, por fim, o círculo interno da paixão esquecida, o mistério renovado, a evasão, o rasto limpo da mão estendida
E, por fim, tudo se idealiza, na caverna onde as ideias são reais e as sombras vestem vida
E, por fim, a bruma esvanecida e as aves num céu de chuva, recolhidas, erguem os olhos além a ver a vida
Mas, por fim, a vida é dentro, no coração pequeno, frágil, estremecido, enquanto a chuva bate e verte lágrimas antigas
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