A mulher é navegável e navega, adensa o corpo e molda o corpo às margens separadas
O rio reinventa a pele fresca, a água de prata da pele suada
A mulher pode ser imensamente longa, como se fosse a estrada e não o caminhante, o rio e não o barco
Há mulheres que são rios sem leito, ou leito seco que não recebe água
Eu sou mulher, logo sou um rio com ou sem leito, não muda nada, mas corro, leve regatinho que engrossa do nada
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